terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A arte da observação

Rotinas, processos, procedimentos, regras, documentações, métricas, cobranças, resultados. Todos esses elementos misturados e mastigados diariamente, dia após dia, formam o turbilhão que draga a capacidade Humana de observar. É impossível observar em meio ao Caos, assim como é impossível ouvir, ou sentir. Ou dizer algo que realmente valha a pena dizer.

A perda da capacidade de observação tem transformado as pessoas em meros instrumentos para se chegar neste ou naquele objetivo. Em conjunto com outros dados, nos tornamos parte das métricas, num movimento que se repete todas as vezes em que nosso comportamento obsessivamente materialista deturpa as descobertas que encontramos em nossos estudos.

É lógico que o Lucro é o objetivo de qualquer empreendimento. Porém, os meios para se obtê-lo não podem seguir repetidos à exaustão, como se fossem vícios. É preciso evoluir, recriar, expandir. Ir além do que é estabelecido dentro das quatro paredes de uma sala de aula. Porque o lucro, por si só, é nada mais que um fim. E quanto nos incomoda um fim?

Buscar o fim não é da natureza humana, que em tempos nem tão distantes, perseguia a perenidade de suas obras pela observação de seus diversos aspectos: profundidade, beleza, utilidade. Filosofia, design, engenharia. Alcance, imagem. Marketing, publicidade. Muitos aspectos, que antes andavam naturalmente de mãos dadas, mas que durante nossa história, separamos.

Porém, hoje é um dia diferente. Um dia em que a humanidade pode tornar-se, novamente, verdadeira observadora do Todo, ao mesmo tempo que de Tudo, e Cada coisa. Pois há uma matéria nova, capaz de abraçar todas as outras de forma sutil e natural. Uma matéria  que precisa ser lapidada agora, de forma a nos servir, e não a nos fazer de escravos, como fizemos com as demais.

Essa matéria é a Tecnologia. E, ao contrário das outras, não é cara demais, permitindo que mesmo os pequenos empreendimentos se beneficiem de suas virtudes para tornarem-se perenes. E, os empreendedores, observadores. Como? Nós sabemos.

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